Como resistir ao que é mau?


Perdoem uns aos outros liberalmente


“Continuai a suportar-vos uns aos outros e a perdoar-vos uns aos outros liberalmente.” — COL. 3:13.

A PALAVRA escrita de Deus nos permite entender como ele encara o pecado e como reage quando pecamos. Sua Palavra também revela muito sobre o perdão. No artigo precedente, focalizamos como as atitudes de Davi e Manassés induziram Jeová a perdoá-los. O remorso sincero deles pelo que haviam feito moveu-os a confessar e rejeitar seus atos perversos, bem como se arrepender genuinamente. Jeová, por sua vez, voltou a lhes mostrar favor.

Vejamos agora o perdão de uma perspectiva diferente. Como você teria se sentido em relação a Manassés se um de seus parentes fosse uma das vítimas inocentes que morreram por causa dele? Teria conseguido perdoar Manassés? É importante analisar essa pergunta porque vivemos num mundo violento e egoísta que não respeita as leis. Assim, que motivos há para o cristão desejar cultivar o perdão? E se você for insultado ou injustiçado, o que poderá ajudá-lo a controlar as emoções, a reagir como Jeová gostaria que fizesse e a estar disposto a perdoar?

ANALISE SUAS EMOÇÕES

As reações emocionais a ofensas reais ou imaginárias podem ser muito fortes. Veja a reação de um jovem, descrita num estudo feito sobre a raiva: “Certa vez . . . num acesso de ira, saí de casa prometendo que nunca mais voltaria. Era um belo dia de verão. Caminhei por diversas vielas encantadoras até que, aos poucos, a tranquilidade e beleza nelas me acalmaram e aplacaram meus sentimentos e, depois de algumas horas, voltei arrependido e quase não sentia mais raiva.” Como mostra esse relato, dar um tempo a si mesmo, para se acalmar e ver a situação de um ângulo mais neutro, pode ajudá-lo a não ser intolerante, vindo a se arrepender mais tarde. — Sal. 4:4; Pro. 14:29; Tia. 1:19, 20.

Mas e se você continua a ter um sentimento negativo? Tente descobrir por que você está chateado. É por ter sido tratado de forma injusta, talvez sem consideração? Ou você acha que a outra pessoa teve a intenção de magoá-lo? Será que o que ela fez é tão ruim assim? Analisar e entender o motivo do que sente lhe permitirá considerar qual reação seria melhor e mais em harmonia com as Escrituras. (Leia Provérbios 15:28; 17:27.) Pensar nisso pode ajudá-lo a ser mais objetivo e a estar mais disposto a perdoar. Essa postura, por mais difícil que seja, fará com que você deixe que a palavra de Deus examine “os pensamentos e as intenções do coração” e o oriente a imitar a atitude de perdão de Jeová. — Heb. 4:12.

Empenhe-se em manter a sua paz em todas as situações, não só no ministério cristão. Naturalmente, a disposição de perdoar outros não significa ter de aprovar o comportamento errado deles ou minimizar o mal que isso causa. Perdoar, porém, significa eliminar qualquer ressentimento por tais erros e preservar a sua própria paz. Por abrigar pensamentos negativos e ficar remoendo como foram tratados mal, alguns permitem que o comportamento de outros os prive da alegria. Não deixe que tais pensamentos o controlem. Lembre-se de que guardar ressentimento não traz felicidade. Portanto, seja perdoador! — Leia Efésios 4:31, 32.

Em certos casos, você talvez ache que pode ajudar alguém que o prejudicou a ter apreço pelas normas cristãs. O apóstolo Paulo escreveu: “‘Se o teu inimigo tiver fome, alimenta-o; se ele tiver sede, dá-lhe algo para beber; pois, por fazeres isso, amontoarás brasas acesas sobre a sua cabeça.’ Não te deixes vencer pelo mal, porém, persiste em vencer o mal com o bem.” (Rom. 12:20, 21) A sua benevolência diante da provocação pode abrandar até mesmo as mais duras atitudes e revelar o que há de melhor nas pessoas. Por mostrar compreensão, empatia — até mesmo compaixão — à pessoa que o maltratou, você pode ajudá-la a aprender verdades bíblicas. Seja qual for o caso, uma resposta branda dá à pessoa a oportunidade de refletir sobre a atitude excelente que você demonstra. — 1 Ped. 2:12; 3:16.

Se você acha que foi vítima de uma injustiça e tem dificuldade em perdoar o transgressor arrependido, é bom ter em mente que a pessoa que causou a injustiça também é vítima. Ela também sofre os efeitos da imperfeição herdada. (Rom. 3:23) Jeová se compadece de toda a humanidade imperfeita. Por isso, é apropriado orar em favor de quem cometeu a injustiça. É improvável que alguém continue irado com uma pessoa pela qual esteja orando. As seguintes palavras de Jesus deixam claro que não devemos guardar ressentimento nem mesmo contra quem nos tratou mal: “Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos que vos perseguem.” — Mat. 5:44



Especialistas em saúde mental reconhecem os benefícios da disposição de perdoar. Libera emoções reprimidas, até mesmo debilitantes, que fazem mal à saúde, e promove relações mais sadias e felizes. Contraste isso com os custos da falta de disposição de perdoar — saúde fraca, relações rompidas, estresse e dificuldade de comunicação. De longe o mais importante benefício da disposição de perdoar é uma boa relação com o nosso Pai celestial, Jeová. — Leia Colossenses 3:12-14.

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